1. (Ueg 2013) A sociologia nasce no séc. XIX após as
revoluções burguesas sob o signo do positivismo elaborado
por Augusto Comte. As características do pensamento
comtiano são:
a) a sociedade é regida por leis sociais tal como a natureza
é regida por leis naturais; as ciências humanas devem
utilizar os mesmos métodos das ciências naturais e a
ciência deve ser neutra.
b) a sociedade humana atravessa três estágios sucessivos
de evolução: o metafísico, o empírico e o teológico, no
qual predomina a religião positivista.
c) a sociologia como ciência da sociedade, ao contrário das
ciências naturais, não pode ser neutra porque tanto o
sujeito quanto o objeto são sociais e estão envolvidos
reciprocamente.
d) o processo de evolução social ocorre por meio da
unidade entre ordem e progresso, o que
necessariamente levaria a uma sociedade comunista.
2.
A bandeira nacional, símbolo maior da República Federativa
do Brasil, é bastante simbólica. Além das suas cores,
existem também os dizeres “Ordem e Progresso”. Esses
dizeres possuem sua origem em qual teoria filosófica?
a) No Materialismo histórico, de Karl Marx.
b) No Positivimo, de Auguste Comte.
c) No Idealismo, de Friedrich Hegel.
d) No Funcionalismo, de Émile Durkheim.
e) No Iluminismo, de René Descartes.
3. (Ufu 2013) Na parte mais tardia de sua carreira, Comte
elaborou planos ambiciosos para a reconstrução da
sociedade francesa em particular, e para as sociedades
humanas em geral, baseado no seu ponto de vista
sociológico. Ele propôs o estabelecimento de uma “religião
da humanidade”, que abandonaria a fé e o dogma em favor
de um fundamento científico. A Sociologia estaria no centro
dessa nova religião
GIDDENS, Anthony. Sociologia. 4.ed. Porto Alegre: Artmed,
2005. p. 28.
Com base nessa assertiva, Comte aponta para o papel da
Sociologia como ciência fundamental para a compreensão
a) da ideia da revolução, como solução para sanar as
questões da desigualdade social.
b) da crença na ação dos indivíduos, como fator de
intervenção na realidade.
c) do consenso moral, como solução para regular e manter
unida a sociedade.
d) dos elementos subjetivos da sociedade, tendo em vista a
pluralidade social.
4. (Upe 2013) Leia o texto a seguir:
(...) grandes mudanças que ocorreram na história da
humanidade, aquelas que aconteceram no século XVIII — e
que se estenderam no século XIX — só foram superadas
pelas grandes transformações do final do século XX. As
mudanças provocadas pela revolução científicotecnológica,
que denominamos Revolução Industrial,
marcaram profundamente a organização social, alterando-a
por completo, criando novas formas de organização e
causando modificações culturais duradouras, que perduram
até os dias atuais.
DIAS, Reinaldo. Introdução à sociologia. São Paulo: Persons
Prentice Hall, 2004, p. 124.
Percebe-se que as transformações ocorridas nas sociedades
ocidentais permitiram a formação de relações sociais
complexas. Nesse sentido, a Sociologia surgiu com o
objetivo de compreender essas relações, explicando suas
origens e consequências. Sobre o surgimento da Sociologia
e das mudanças históricas apontadas no texto, assinale a
alternativa CORRETA.
a) A grande mecanização das fábricas nas cidades
possibilitou o desenvolvimento econômico da população
rural por meio do aumento de empregos.
b) A divisão social do trabalho foi minimizada com as novas
tecnologias introduzidas pelas revoluções do século
XVIII.
c) A Sociologia foi uma resposta intelectual aos problemas
sociais, que surgiram com a Revolução Industrial.
d) O controle teológico da sociedade foi possível com o
emprego sistemático da razão e do livre exame da
realidade.
e) As atividades rurais do período histórico, tratado no
texto, foram o objeto de estudo que deu origem à
Sociologia como ciência.
5. (Ufrgs 2012) Tanto Augusto Comte quanto Karl Marx
identificam imperfeições na sociedade industrial capitalista,
embora cheguem a conclusões bem diferentes: para o
positivismo de Comte, os conflitos entre trabalhadores e
empresários são fenômenos secundários, deficiências, cuja
correção é relativamente fácil, enquanto, para Karl Marx, os
conflitos entre proletários e burgueses são o fato mais
importante das sociedades modernas. A respeito das
concepções teóricas desses autores, é CORRETO afirmar:
a) Comte pensava que a organização científica da sociedade
industrial levaria a atribuir a cada indivíduo um lugar http://historiaonline.com.br
SOCIOLOGIA – MÓDULO 01 - LISTA DE EXERCÍCIOS
Prof. Rodolfo
proporcional à sua capacidade, realizando-se assim a
justiça social.
b) Comte considera que a partir do momento em que os
homens pensam cientificamente, a atividade principal
das coletividades passa a ser a luta de classes que leva
necessariamente à resolução de todos os conflitos.
c) Marx acredita que a história humana é feita de
consensos e implica, por um lado, o antagonismo entre
opressores e oprimidos; por outro lado, tende a uma
polarização em dois blocos: burgueses e proletários.
d) Para Karl Marx, o caráter contraditório do capitalismo
manifesta-se no fato de que o crescimento dos meios de
produção se traduz na elevação do nível de vida da
maioria dos trabalhadores embora não elimine as
desigualdades sociais.
e) Tanto Augusto Comte quanto Karl Marx concordam que
a sociedade capitalista industrial expressa a
predominância de um tipo de solidariedade, que
classificam como orgânica, cujas características se
refletirão diretamente em suas instituições.
6. (Uema 2012) Auguste Comte, Karl Marx e Émile
Durkheim são considerados os grandes pilares da Sociologia
como ciência burguesa. Nessa época, a Sociologia, para se
afirmar no campo das ciências, adotou o Positivismo.
Assinale a assertiva que melhor expressa o sentido do
Positivismo sociológico.
a) Busca da complexidade e dualidade – sociedade
concebida como prenhe de conflitos e contradições; há
uma circularidade entre todo e parte, ou seja, um
determina o outro simultaneamente.
b) Busca da objetividade e neutralidade – sociedade
concebida como um organismo combinado de partes
integradas e coesas que funcionam harmoniosamente,
de acordo com um modelo físico ou mecânico de
organização.
c) Busca da singularidade e objetividade – sociedade
concebida como mutável, visto que não há homem e
nem sociedade ideal isolados na natureza, mas ambos
conjugados concretamente a um momento histórico
definido.
d) Busca da complexidade e singularidade – sociedade e
seus sistemas não atemporais. Privilégio da parte sobre
o todo.
e) Busca de subjetividade e pluralidade – sociedade é uma
verdadeira máquina organizada, cujas partes, todas elas,
contribuem de uma maneira diferente para o avanço do
conjunto, adequando-se às demandas do mercado.
7. (Uem 2012) Sobre o positivismo, corrente teórica
pioneira na sistematização do pensamento sociológico,
assinale o que for correto.
01) Apesar de reconhecer as diferenças entre fenômenos
do mundo físico e do mundo social, o positivismo busca
no método das ciências da natureza a orientação básica
para legitimar a sociologia.
02) O positivismo enfatiza a coesão e a harmonia entre os
indivíduos como solução de conflitos, para alcançar o
progresso social.
04) O positivismo endereça uma contundente crítica à
sociedade europeia do século XIX, sobretudo em razão
das desigualdades sociais oriundas da consolidação do
capitalismo.
08) O positivismo utiliza recorrentemente a metáfora
organicista para se referir à sociedade como um todo
constituído de partes integradas e coesas, funcionando
harmonicamente, segundo uma lógica física ou
mecânica.
16) O positivismo defende uma concepção evolucionista da
história social, segundo a qual o estágio mais avançado
seria dominado pela razão técnico-científica.
8. (Ufu 2012) De um ponto de vista histórico, a Sociologia
como disciplina científica surgiu ao longo do século XIX,
como uma resposta acadêmica para os no
pur sorte em hebraico , purim sorte dupla - sophia - saber sabedoria do grego- - que tenhamos sorte e sabedoria sempre
sexta-feira, 6 de março de 2015
exercicios filosofia
11. (Ufsj 2013) A construção de uma cosmologia que desse uma explicação racional e sistemática das características do universo, em substituição à cosmogonia, que tentava explicar a origem do universo baseada nos mitos, foi uma preocupação da Filosofia a) medieval. b) antiga. c) iluminista. d) contemporânea.
2. (Ufu 2013) A atividade intelectual que se instalou na Grécia a partir do séc. VI a.C. está substancialmente ancorada num exercício especulativo-racional. De fato, “[...] não é mais uma atividade mítica (porquanto o mito ainda lhe serve), mas filosófica; e isso quer dizer uma atividade regrada a partir de um comportamento epistêmico de tipo próprio: empírico e racional”. SPINELLI, Miguel. Filósofos Pré-socráticos. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1998, p. 32.
Sobre a passagem da atividade mítica para a filosófica, na Grécia, assinale a alternativa correta.
a) A mentalidade pré-filosófica grega é expressão típica de um intelecto primitivo, próprio de sociedades selvagens. b) A filosofia racionalizou o mito, mantendo-o como base da sua especulação teórica e adotando a sua metodologia. c) A narrativa mítico-religiosa representa um meio importante de difusão e manutenção de um saber prático fundamental para a vida cotidiana. d) A Ilíada e a Odisseia de Homero são expressões culturais típicas de uma mentalidade filosófica elaborada, crítica e radical, baseada no logos.
3. (Uem 2013) “Para referir-se à palavra e à linguagem, os gregos possuíam duas palavras: mythos e lógos. Diferentemente do mythos, lógos é uma síntese de três ideias: fala/palavra, pensamento/ideia e realidade/ser. Lógos é a palavra racional em que se exprime o pensamento que conhece o real. É discurso (ou seja, argumento e prova), pensamento (ou seja, raciocínio e demonstração) e realidade (ou seja, as coisas e os nexos e as ligações universais e necessárias entre os seres). [...] Essa dupla dimensão da linguagem (como mythos e lógos) explica por que, na sociedade ocidental, podemos comunicar-nos e interpretar o mundo sempre em dois registros contrários e opostos: o da palavra solene, mágica, religiosa, artística e o da palavra leiga, científica, técnica, puramente racional e conceitual.”
(CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2011, p. 187188).
A partir do texto, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).
01) O mythos é uma linguagem que comunica saberes e conhecimentos.
02) As coisas próprias do domínio religioso são inefáveis, ou seja, não podem ser pronunciadas e ditas pela linguagem humana.
04) O mythos não possui o mesmo poder de convencimento e de persuasão que o lógos. 08) O lógos é, ao mesmo tempo, o exercício da razão e sua enunciação para os seres humanos. 16) O lógos é muito mais do que a palavra, é a expressão das qualidades essenciais do ser, a possibilidade de conhecer as coisas nos seus fundamentos primeiros.
4. (Ueg 2013) O ser humano, desde sua origem, em sua existência cotidiana, faz afirmações, nega, deseja, recusa e aprova coisas e pessoas, elaborando juízos de fato e de valor por meio dos quais procura orientar seu comportamento teórico e prático. Entretanto, houve um momento em sua evolução histórico-social em que o ser humano começa a conferir um caráter filosófico às suas indagações e perplexidades, questionando racionalmente suas crenças, valores e escolhas. Nesse sentido, pode-se afirmar que a filosofia
a) é algo inerente ao ser humano desde sua origem e que, por meio da elaboração dos sentimentos, das percepções e dos anseios humanos, procura consolidar nossas crenças e opiniões. b) existe desde que existe o ser humano, não havendo um local ou uma época específica para seu nascimento, o que nos autoriza a afirmar que mesmo a mentalidade mítica é também filosófica e exige o trabalho da razão. c) inicia sua investigação quando aceitamos os dogmas e as certezas cotidianas que nos são impostos pela tradição e pela sociedade, visando educar o ser humano como cidadão. d) surge quando o ser humano começa a exigir provas e justificações racionais que validam ou invalidam suas crenças, seus valores e suas práticas, em detrimento da verdade revelada pela codificação mítica. 5. (Ueg 2013) O surgimento da filosofia entre os gregos (Séc. VII a.C.) é marcado por um crescente processo de racionalização da vida na cidade, em que o ser humano abandona a verdade revelada pela codificação mítica e passa a exigir uma explicação racional para a compreensão do mundo humano e do mundo natural. Dentre os legados da filosofia grega para o Ocidente, destaca-se:
a) a concepção política expressa em A República, de Platão, segundo a qual os mais fortes devem governar sob um regime político oligárquico. b) a criação de instituições universitárias como a Academia, de Platão, e o Liceu, de Aristóteles. c) a filosofia, tal como surgiu na Grécia, deixou-nos como legado a recusa de uma fé inabalável na razão humana e a crença de que sempre devemos acreditar nos sentimentos. d) a recusa em apresentar explicações preestabelecidas mediante a exigência de que, para cada fato, ação ou discurso, seja encontrado um fundamento racional. 6. (Unioeste 2013) “Não é fácil definir se a ideia dos poemas homéricos, segundo a qual o Oceano é a origem de todas as coisas, difere da concepção de Tales, que considera a água o princípio original do mundo; seja como for, é evidente que a representação do mar inesgotável colaborou para a sua
http://historiaonline.com.br
FILOSOFIA - MÓDULO 01 - LISTA DE EXERCÍCIOS
Prof. Rodolfo expressão. Em todas as partes da Teogonia, de Hesíodo, reina a vontade expressa de uma compreensão construtiva e uma perfeita coerência na ordem racional e na formulação dos problemas. Por outro lado, a sua cosmologia ainda apresenta uma irreprimível pujança de criação mitológica, que, muito mais tarde, ainda age sobre as doutrinas dos “fisiólogos”, nos primórdios da filosofia “científica”, e sem a qual não se poderia conceber a atividade prodigiosa que se expande na criação das concepções filosóficas do período mais antigo da ciência”
Werner Jaeger.
Considerando o texto acima sobre o surgimento da filosofia na Grécia, seguem as afirmativas abaixo:
I. O surgimento da filosofia não coincide com o início do uso do pensamento racional. II. O surgimento da filosofia não coincide com o fim do uso do pensamento mítico. III. Tales de Mileto, no século VI a.C., ao propor a água como princípio original do mundo, rompe, definitivamente, com o pensamento mítico. IV. Mitos estão presentes ainda nos textos filosóficos de Platão (século IV a.C.), como, por exemplo, o mito do julgamento das almas. V. Os primeiros filósofos gregos, chamados “pré-socráticos”, em sua reflexão, não se ocupavam da natureza (Physis).
Das afirmativas feitas acima
a) apenas a afirmação V está correta.
b) apenas as afirmações III e V estão corretas.
c) apenas as afirmações II e IV estão corretas.
d) apenas as afirmações I, II e IV estão corretas.
e) apenas as afirmações I, III e V estão corretas.
7. (Enem PPL 2012) Pode-se viver sem ciência, pode-se adotar crenças sem querer justificá-las racionalmente, pode-se desprezar as evidências empíricas. No entanto, depois de Platão e Aristóteles, nenhum homem honesto pode ignorar que uma outra atitude intelectual foi experimentada, a de adotar crenças com base em razões e evidências e questionar tudo o mais a fim de descobrir seu sentido último. ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São Paulo: Odysseus, 2002.
Platão e Aristóteles marcaram profundamente a formação do pensamento Ocidental. No texto, é ressaltado importante aspecto filosófico de ambos os autores que, em linhas gerais, refere-se à
a) adoção da experiência do senso comum como critério de verdade.
b) incapacidade de a razão confirmar o conhecimento resultante de evidências empíricas.
c) pretensão de a experiência legitimar por si mesma a verdade.
d) defesa de que a honestidade condiciona a possibilidade de se pensar a verdade.
e) compreensão de que a verdade deve ser justificada racionalmente.
8. (Unioeste 2012) “É no plano político que a Razão, na Grécia, primeiramente se exprimiu, constituiu-se e formou-se. A experiência social pode tornar-se entre os gregos o objeto de uma reflexão positiva, porque se prestava, na cidade, a um debate público de argumentos. O declínio do mito data do dia em que os primeiros Sábios puseram em discussão a ordem humana, procuraram defini-la em si mesma, traduzi-la em fórmulas acessíveis a sua inteligência, aplicar-lhe a norma do número e da medida. Assim se destacou e se definiu um pensamento propriamente político, exterior a religião, com seu vocabulário, seus conceitos, seus princípios, suas vistas teóricas. Este pensamento marcou profundamente a mentalidade do homem antigo; caracteriza uma civilização que não deixou, enquanto permaneceu viva, de considerar a vida pública como o coroamento da atividade humana”.
Considerando a citação acima, extraída do livro As origens do pensamento grego, de Jean Pierre Vernant, e os conhecimentos da relação entre mito e filosofia, é incorreto afirmar que
a) os filósofos gregos ocupavam-se das matemáticas e delas se serviam para constituir um ideal de pensamento que deveria orientar a vida pública do homem grego.
b) a discussão racional dos Sábios que traduziu a ordem humana em fórmulas acessíveis a inteligência causou o abandono do mito e, com ele, o fim da religião e a decorrente exclusividade do pensamento racional na Grécia.
c) a atividade humana grega, desde a invenção da política, encontrava seu sentido principalmente na vida pública, na qual o debate de argumentos era orientado por princípios racionais, conceitos e vocabulário próprios.
d) a política, por valorizar o debate publico de argumentos que todos os cidadãos podem compreender e discutir, comunicar e transmitir, se distancia dos discursos compreensíveis apenas pelos iniciados em mistérios sagrados e contribui para a constituição do pensamento filosófico orientado pela Razão.
e) ainda que o pensamento filosófico prime pela racionalidade, alguns filósofos, mesmo após o declínio do pensamento mitológico, recorreram a narrativas mitológicas para expressar suas ideias; exemplo disso e o “Mito de Er” utilizado por Platão para encerrar sua principal obra, A República.
Assinar:
Postagens (Atom)