Ética, religião e filosofia – questionando as ciências e as tecnologias.
O sêmen de Israel, como utilizá-lo e a favor de quem?
Em fevereiro de 2011 publicada pela folha de são Paulo a noticia de que os pais de um israelense tiveram a posse do sêmen de seu filho com o desejo de fecunda-lo para que seja possível o nascimento de um neto já que seu filho viera a falecer e teve como um de seus últimos desejos darem-lhes um neto (ele era doador de órgãos ).
Os pais já escolheram uma mulher para que seja feito a fecundação artificialmente e esta seja a mãe da criança.
A ética aqui seria representada pelas leis do país em questão, onde se leva em consideração muitas vezes o que não pode ofender nem afetar comportamentos da sociedade tanto tradicionais quanto contemporâneos ( segundo Karl Marx: as ciências não param, se permitirmos elas são capazes de cancelar as próprias leis).
Segundo Immanuel Kant nenhum homem pode servir de meio. Cada ser humano deve ser visto como tendo um fim em si mesmo. Assim, os desejosos de serem avós não estariam moralmente corretos uma vez que, buscando ter um neto, estariam usando do filho falecido como um meio para benefício próprio. Claro que os kantianos seriam sensíveis ao argumento de que o filho assim queria (acreditando que os pais não iriam mentir a respeito de tal desejo do filho). Mas os kantianos não poderiam ceder, uma vez que outra pessoa estaria sendo usada como meio: uma mulher, até então estranha à história, apareceria em cena. Mesmo que não fosse o caso de uma “barriga de aluguel” e, sim, de uma moça desejosa de se integrar à família, ainda assim os kantianos torceriam o nariz. Pois uma terceira pessoa estaria sendo usada: o próprio neto que iria nascer. Ele nasceria para ser amado, como qualquer criança, mas nasceria já sem pai por uma decisão que, no limite, poderia ser, sim, o de servir como meio. Afinal, com a concordância ou não do filho, os pais não estariam deixando de usar da criança, o neto, para suprir uma carência só deles.
A religião é tida como algo tradicional e muitas vezes um sinal de falsa liberdade, porém no sentido de ser aquela que tolera (já visto na aula anterior), parece prudente, correto, porém é muitas vezes egoísta e sem percepção do bem para todos.
O hedonismo envolvido diria para bater o martelo: não há perdas, só ganhos de prazer para todos, então, nessa situação de maximização da felicidade, a decisão moral deveria ser favorável à fecundação.
Por fim temos a filosofia, trazendo o desejo junto a si de se obter a mais pura verdade e aos olhos de alguns filósofos modernos e contemporâneos – liberdade traz a verdade, pois somente com esta serei capaz de me concentrar sem vícios das leis e fanatismos das religiões. Analise o caso e escreva sua opinião- a respeito de sua escolha.
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